terça-feira, 12 de maio de 2009

Palcos Nacionais


No ano de 1969/70 o Sport Clube Gonçalense encontrava-se a disputar os nacionais de futebol, mais propriamente a 3ª Divisão Nacional de Futebol, nesse ano o Gonçalense ficou em último lugar tendo feito apenas 5 pontos em 30 jogos dava-se então fim ao sonho Gonçalense.

A equipa desceria aos regionais depois de uma época de elevados gastos financeiros, e de um grande cansaço físico de todo o plantel e equipa técnica que fazia parte do Sport Clube Gonçalense.

Passado 8 anos o Gonçalense consegue nova subida e ultima aos nacionais, mas mais uma vez não conseguiu assegurar a manutenção, ficando em penúltimo lugar à frente da Covilhã e Benfica (Assim se chamava o Sporting Clube da Covilhã) com 13 pontos em 30 jogos, desta vez o Gonçalense consegue obter mais 8 pontos que a primeira vez que se estreou nesta divisão, mas nem assim os problemas que o clube tinha no primeiro ano passaram no segundo, tal como consta no jornal “A Charrua” e publicado no blogue http://ordemdocarvalhogrande.blogs.sapo.pt/ a noticia dizia:

Como sempre o futebol trás os seus problemas: financeiros, falta de atletas, transportes, etc. Desta vez já em plena 3ª Divisão Nacional, além dos problemas já apontados, surgiu logo de inicio um descontentamento, quer da parte dos jogadores, quer da parte dum sector da assistência, relativamente ao treinador.

Este descontentamento foi-se agravando devido ao método usado pelo treinador nos jogos e treinos. Devido a esta situação resolveu-se por termos a questão. Formou-se um grupo de sócios e jogadores para falar com os atletas da terra e tentarem resolver o caso da melhor forma, pelo que resolveram convocar uma assembleia-geral.

Depois da votação, após diversas controvérsias, decidiu-se dispensar os serviços do treinador, sendo este notificado por carta pela decisão tomada. Decidiu-se ainda que os jogadores da Covilhã ligados a equipa poderão continuar a jogar, desde que tal seja da sua vontade.

Para preencher a vaga e até arranjar novo treinador, foi escolhido, de entre os atletas, o jogador Hipólito.

In “ A Charrua”

Na publicação anterior (Agosto/Setembro) deste mesmo jornal publicava-se a grande festa Gonçalense na subida a 3ª Divisão Nacional:

Foi com regozijo que se festejou a subida do S.C. Gonçalense á 3ª divisão Nacional, lugar a que já ascendera (com bilhete de regresso) há meia dúzia de anos.

Desde há muito que as gentes de Gonçalo demonstram um grande interesse pelo desporto? -Futebol e nada mais. É aliás interessante como numa terra relativamente pequena se consegue formar uma equipa capaz de “dar cartas” ao resto do distrito. Nós assistimos a alguns jogos e sinceramente acreditamos na sua qualidade e combatividade. Esperemos que durante o campeonato os rapazes se portem de maneira a assegurar a permanência naquela divisão. De referir que no passado dia 4 o Gonçalense se deslocou á Guarda onde efectuo um jogo de treino com a equipa local conseguindo o resultado desfavorável de 2-1. No dia 7, coube aqueles deslocarem-se a Gonçalo onde os nossos rapazes se deixaram bater por 6-1; diga-se que a diferença não corresponde totalmente ao jogo em si e que os Gonçalenses até tiveram a desculpa do “chibo”!

No dia 11 começou a época a sério com o Naval, jogo que contava para a Taça de Portugal e em que o Gonçalense saiu derrotado em casa por 2-1.

E aqui temos o que é fundamentalmente, desporto em Gonçalo: preparar e dar apoio a uma equipa de futebol que nos proporcione semanalmente umas agradáveis horas de distracção.

Já não é mau; contudo a prática desportiva não pode ser só isto! Parece-nos que quando meia dúzia joga para centenas verem não se está perante uma actividade desportiva mas sim perante um espectáculo organizado. Se o S.C. Gonçalense quer desempenhar integralmente a sua missão terá que, fundamentalmente, promover a prática do desporto.

Mas como?

Promover o desporto é facultar a massa associativa a aprendizagem e concessão de facilidades de participação nas modalidades que mais se adeqúem aos diferentes casos: basquetebol, andebol, atletismo, ciclismo, ginástica etc…independentemente do interesse competitivo. Para isso há que prover a construção de um pavilhão ou ringue polidesportivo que possibilite a prática dessas modalidades.

Isto sim poderá ser considerado desporto.

De referir que foi recentemente criada uma comissão, cujos objectivos consistem na angariação de fundos para a construção de um novo capo de futebol ou de uma nova sede que poderá possuir em anexo instalações adequadas á pratica das modalidades referidas.

Quer-nos parecer que o ideal seria continuar a praticar futebol no mesmo campo (se é que isso se torna possível) investindo o dinheiro angariado na tal nova sede pavilhão polidesportivo. Esta sim seria uma óptima ideia e um justificado investimento. Felizmente parece não sermos só nós a pensar assim já que a direcção (pelo menos parte dela) também se inclina mais para esta alternativa. Esperemos que a ideia pontifique.

Uma vez mais colocamos este jornal, que afinal é de todos, á disposição da direcção do S.C. Gonçalense para qualquer informação ou campanha a desenvolver no sentido de incentivar o verdadeiro desporto.

In “ A Charrua”

Espero que comentem…

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